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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

"A Filha Devolvida" de Donatella di Pietrantonio

Este livro constituiu para mim uma surpresa crescente. Foi melhorando com o decorrer da leitura e a vontade de conhecer a história (que, digo-vos já, pareceu-me sempre verdadeira) foi aumentando  também. Fiz conjecturas, no decorrer da trama, que não se verificaram e imaginei cenários que não se mostraram verdadeiros. O final abateu-se sobre mim e eu não o esperava. Por isso as minhas 6 estrelas!

O título diz quase tudo ou, pelo menos, conta-nos uma boa parte desta história. A filha devolvida. Uma criança de 13 anos é devolvida aos seus pais verdadeiros quando, a bem dizer, não os conhecia como tal nem, tão pouco, sabia que aqueles a quem considerava seus progenitores mais não eram que uns primos afastados.

O narrador é a própria criança mas, no decorrer da narrativa, apercebemo-nos que ela recorda os pormenores da sua infãncia e que é já adulta. Fá-lo sem rancor, mas tenta mostrar-nos a perplexidade com que sentiu o abandono, desculpando-o sempre e esperando, sem sucesso, que a viessem buscar. O leitor é levado a imaginar as possíveis causas desse abandono cruel, dessa devolução, dessa mudança brusca de ambientes tão díspares. Um, repleto de amor, carinho e bem estar. O outro, onde a indiferença, a fome, a pouca higiene, grassavam diariamente.

Um livro marcante, surpreendentemente forte, duro e envolvente. Uma história verosímil.

Terminado em 27 de Dezembro de 2019

Estrelas: 6*

Sinopse
Aos treze anos, uma menina descobre brutalmente que o homem e a mulher que a criaram não são seus pais. Filha única, privilegiada, com uma casa à beira-mar e aulas de ballet, é obrigada a abandonar o lar onde cresceu para ser devolvida à família biológica. Não lhe é dada qualquer explicação. Leva consigo uma mala e um saco de sapatos. Começa agora uma nova e inesperada vida. A família biológica é pobre, caótica e pouco acolhedora. Naquela que é agora a sua casa, na aldeia, tem de partilhar um colchão com a irmã e o quarto com os três irmãos mais velhos. A violência, a fome, os costumes... tudo lhe é incompreensível. Mas há a pequena Adriana, que a recebe com a candura típica das crianças; e há Vincenzo, o irmão mais velho, que a protege mas também a olha como se fosse já uma mulher... É na sua relação com eles que a jovem irá encontrar forças para começar de novo e - quem sabe? - construir a sua própria identidade.

Cris

6 comentários:

  1. Já tinha lido uma outra opinião sobre este livro que também o considerava excelente. Parece uma história muito emocional e dura. Vou juntar à minha lista de livros a ler :)

    E, já agora, um bom ano!!

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    Respostas
    1. Ola Kassie! Ha uma surpresa para ti no blogue! Ja viste o resultado do passatempo mensal? Bjinho

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  2. Eu já li também, vamos sendo engolidos pela história!! É fantástico!

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  3. Não conhecia este livro, mas fiquei com vontade de o ler.

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