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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

"Em Todos os Momentos Estamos Vivos" de Tom Malmquist

Soube que leria este livro mal li a sinopse e vi a sua belíssima capa. O tema é duríssimo, real e muito vivido. O autor fala na primeira pessoa sobre a perda de sua mulher grávida de quase final do tempo. 

Podia parar por aqui. Creio que chega o que escrevi para se aperceberem do conteúdo realista do livro. Ficaria a faltar, no entanto, todo o peso que as palavras de Tom deixam transparecer sem no entanto cair em excessos. A sua sinceridade, a sua dor, marcam as palavras e deixam-nos de coração contrito.

Em poucos dias Tom perde a sua companheira de há mais de 10 anos, Karin, vítima de uma leucemia mieloide aguda. A filha de ambos nasce prematura. A morte e a vida juntas e inesperadas deixam Tom perdido. O passado é intercalado com o presente durante a narrativa e vamos tendo consciência do quanto eles passaram nos dez anos em que estiveram juntos.

Tudo o que possa dizer é pouco. Gostei muito desta obra que, considero, constituiu uma catarse para Tom. Sei que haverá leitores que fugirão a este duro tema. Eu não consegui. Nem queria, tampouco! A vida é isto. É preciso não esquecer que em todos os momentos estamos vivos!

Terminado em 4 de Outubro de 2019

Estrelas: 6*

Sinopse
Tom está a poucas semanas de ser pai, mas o momento que se espera ser de felicidade transforma-se num pesadelo. Karin Lagerlöf, a namorada, entra nas urgências com o que parece ser uma gripe. No entanto, o diagnóstico é muito mais assustador: leucemia aguda. Para poder iniciar os tratamentos, Karin tem de ser submetida a uma cesariana.
É assim que Tom Malmquist, personagem que partilha o nome com o autor, se vê dividido entre a felicidade de ter uma filha e a profunda dor de perder a mulher que ama. Poucos meses depois, ainda não refeito do choque que foi a morte de Karin, Tom assiste aos últimos momentos de vida do pai, vítima de cancro.

Embrulhado em diagnósticos herméticos, desentendimentos familiares, burocracias kafkianas e num profundo estado de cansaço, Tom tem, ainda assim, de aprender a cuidar da pequena Livia. Neste comovente romance autobiográfico, Tom Malmquist partilha com o leitor a história de um homem cujo mundo parece colapsar de um dia para o outro. Dor, raiva, luto, mas também amor e uma enorme resiliência fazem parte desta narrativa, lembrando o leitor que mesmo no meio do caos é sempre preciso continuar a viver.

Cris

4 comentários:

  1. Bem.... deve ser um livro de cortar a respiração e fazer o coração baterbem apressado!
    Obrigada pela partilha
    Bom fim de semana

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    Respostas
    1. Pesado sim, Marisa, mas gostei muito. Mas eu sou assim: o lado verídico das histórias arrebatam-me. Beijinhos

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  2. Sem dúvida que não leria. Também não gosto da capa, mas parece-me adequada, sombria!

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