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segunda-feira, 8 de abril de 2019

"Um Clarão de Luz" de Jodi Picoult

Ouvi falar deste livro pela primeira vez no encontro da Gente dos Livros, um grupo de livrólicas que fez do seu gosto pelos livros uma amizade .... O que retive desde essa altura foi o facto de ser uma leitura um pouco diferente do que esta autora nos habituou. Após o terminus fica a sensação de puzzle completado. Somente no final nos apercebemos do livro no seu todo. Creio que foi essa a intenção de Jodi ao fornecer-nos a história de trás para a frente. Passo a explicar:

Os capítulos são-nos apresentados começando pelo culminar da acção. Bem, quase com o culminar porque fica a dúvida logo no primeiro capítulo. Depois começa a contagem decrescente: 5 h da tarde. Um homem entra numa clínica onde, para além de outros procedimentos médicos, se praticam abortos de acordo com o estabelecido na lei e começa a disparar para quem lá se encontrava, deixando um rasto de mortos e feridos e alguns reféns. De hora a hora a acção vai-se-nos apresentando, como referi, de trás para a frente. 4 da tarde. 3 da tarde. 2... No final volta para as 18, hora onde tudo termina. 

Parece confuso e, em certa medida, exige muito mais do leitor do que quando os acontecimentos seguem uma ordem cronológica. A história é simples mas o puzzle só termina no último segundo. Creio que sendo uma história simples sem grandes mistérios, esta foi a forma que a autora encontrou de prender o leitor. Foi arriscado, creio. Mas também creio que, se não fosse assim, não teria tanto interesse, porque a história é bem simples se bem que traduza uma realidade americana: os movimentos contra o aborto e a violência sem limites alegadamente em nome da "vida".

Pode ser um pau de dois bicos, como se diz habitualmente... Experimentem! Eu gostei mas já li obras da autora mais fáceis de ler, com uma escrita mais fluída.

Terminado em 4 de Abril de 2019

Estrelas: 4*

Sinopse
Um dia quente de outono começa como qualquer outro no Centro - uma clínica que presta cuidados de saúde reprodutiva a mulheres. Como habitualmente, os seus funcionários acolhem as pacientes que ali se encontram para aconselhamento e tratamentos. de repente, pelo final da manhã, um homem armado entra nas instalações e começa a disparar, causando feridos e fazendo reféns.

O agente de polícia Hugh McElroy, especialista em negociar a libertação de reféns, estabelece um perímetro de segurança e traça um plano para comunicar com o atirador. ao olhar sub-repticiamente para as mensagens recebidas no seu telemóvel, apercebe-se, horrorizado, de que Wren, a sua filha de apenas quinze anos, se encontra no interior da clínica.

Wren não está só. Ela vai partilhar as horas seguintes, sob um clima de grande tensão, com outras pessoas : uma enfermeira em pânico, que tem de se autocontrolar para salvar a vida de uma mulher ferida; um médico que põe a sua fé à prova como nunca antes acontecera; uma ativista pró-vida, que se tinha feito passar por paciente e é agora vítima da mesma raiva que ela própria sentia; uma jovem que quer abortar. e o próprio atirador, completamente transtornado, a querer ser ouvido.

Uma narrativa que equaciona a complexa temática dos direitos das mulheres grávidas e dos direitos dos seres que elas estão a gerar, além de refletir sobre o significado de ser boa mãe e bom pai.

Um romance desafiador, absorvente e apaixonante.

Cris

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