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terça-feira, 4 de setembro de 2018

"A Cadeira Preta" de Sarah Lemonnier

Escolhi este livro pela capa. Pois, é verdade, isso acontece-me de vez em quando. Achei-a sóbria e elegante. Atractiva e apelativa. Com gosto e requinte. Talvez a capa possuisse alguns sinais que não atentei, tais como o contraste entre o preto e o vermelho... Mas li a sinopse e gostei. Definitivamente era um livro para mim. Nada na sinopse me alertou para o tipo de linguagem usada pela autora e foi uma surpresa que não gostei particularmente. Esperava qualquer outra coisa diferente e, não me considerando puritana, gosto de estar preparada para estas leituras mais picantes...

De qualquer forma considero que a história é bastante interessante. A instabilidade emocional da personagem principal, que a própria sente e aponta em si, é objecto de uma desconstrução quando se encontra presente no gabinete da psicóloga. Assim, vamos assistindo quer a aspectos da sua vida sexual conturbada e confusa quer à sua própria análise da mesma. Esse foi o aspecto que mais gostei nesta história: a auto-análise feita pela personagem principal, ajudada pela sua psicóloga.

Beatriz tem aproximadamente 25 anos e apercebemo-nos que possui uma personalidade esplendorosa . No entanto, a sua insegurança revela-se nos seus relacionamentos e acerca do que conta deles. Profissionalmente é imbatível, fazendo da escrita o seu modo de vida. Possui dois blogues e é ghostwriter de  blogues de pessoas célebres (coisa que nunca sequer me passou pela cabeça que existisse!).

O livro é escrito na primeira pessoa e a escrita/linguagem utilizada condiz com o carácter de Beatriz: é uma mulher que enfrenta o touro, sem papas na língua. Que o leitor se prepare para tal!

A autora tem uma escrita simples, nada rebuscada, concisa e clara que gostei bastante. Fico à espera de um novo romance seu, mas que opte por um caminho diferente colocando à prova a sua versatilidade. Não sendo a minha praia, confesso que achei algumas partes da linguagem um pouco atrevida demais. Mas para quem gosta de literatura erótica pode avançar sem medos. 

Terminado em 1 de Setembro de 2018

Estrelas: 4*-

Sinopse
Não minto, não engano, sou o que sou.
Pode parecer arrogância, mas é verdade.

Sou a Beatriz e ganho a vida a escrever. Transformo facilmente uma conta bancária razoável em álcool e más decisões. Sou depressiva, analítica, estupidamente inteligente e sufoco com o compromisso. Não sou uma mulher normal, nem pretendo ser.

O meu objectivo é bem mais simples: ser feliz. Numa tentativa de autodescoberta, com uma leve pitada de masoquismo, comecei a consultar uma psicóloga. Semana após semana, fui forçada a falar sobre o Marcelo (por quem sou apaixonada), o Henrique (com quem vou para a cama) e o Paulo (o meu apoio emocional e, por vezes, físico também).

São estes os três homens que arruinaram a minha vida e a quem sou completamente devota.

Cris

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