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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

"Os Hóspedes" de Sarah Waters

Estas páginas apanharam-me no meio das compras, dos presentes de Natal que quis fazer e da azáfama destes dias de festa. Talvez por isso elas tenham demorado nas minhas mãos mais do que gostaria. Foram mais de 500 páginas de expectativa e também um pouco de angústia, visto estar do outro lado de um assassinato, de um lado diferente. Do lado de quem matou, embora sem querer, mas também de quem não gostaria ver ninguém culpado inocentemente.

Esse facto foi, na verdade, uma experiência diferente, única. Conhecer e estar do lado de quem acabou com uma vida foi, de facto, angustiante, já que conseguimos participar paralelamente tanto nos passos da investigação como, ao mesmo tempo, compreender e visualizar as emoções de quem participou em tal acto.

E por quem torcemos? Pela verdade, pela justiça ou por quem acabou por tirar uma vida? Não vos vou contar nada porque não quero desvendar pormenores... Mas fica a dica: gostei de estar no meio das páginas deste livro e pena tive de não poder fazê-lo mais depressa. A escrita da autora prende, cativa a nossa atenção pelos pormenores narrados, pela caracterização detalhada das personagens e seus sentimentos. Valeu a pena mergulhar em 1922, numa Londres ainda conturbada com os efeitos de uma guerra onde milhares perderam a vida.

Terminado em 25 de Dezembro de 2016

Estrelas: 5*

Sinopse
1922. Londres vive dias de tensão. Os ex-militares estão desiludidos, os desempregados exigem mudança. E numa casa de gente bem-nascida no sul da cidade, cujos habitantes ainda não recuperaram das perdas devastadoras da Primeira Guerra Mundial, a vida está prestes a modificar-se. A senhora Wray, viúva, e a sua filha Frances - uma mulher com um passado interessante a caminho de se tornar uma solteirona - vêem-se obrigadas a alugar quartos.
A chegada de Lilian e Leonard Barber, um jovem casal da «classe média» traz uma série de perturbações: a música do gramofone, o colorido, o divertimento. As portas abertas permitem a Frances conhecer os hábitos dos recém-chegados e tanto a escadaria como o patamar nunca lhe pareceram tão animados.
À medida que ela e Lilian são empurradas para uma amizade inesperada, as lealdades começam a mudar. Confessam-se segredos, admitem-se desejos perigosos; a mais vulgar das vidas pode explodir de paixão e drama.
Vivendo um affair secreto, as duas amantes são envolvidas num acto de violência e crime, que dá a "Os Hóspedes" o mistério e suspense, tão característico de Sarah Waters.

Cris

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