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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

"Sete Anos Bons" de Etgar Keret

Foi através de uma amiga que ouvi falar deste escritor israelita. Ela já leu outros livros do autor e é fã da sua escrita
repleta de humor. Quando soube que sairia um livro seu pela Sextante, fiquei curiosa e expectante. Daí à apresentação do livro com a presença do autor, no passado dia 4 no Corte Inglês, foi um pequeno passo. Gostei muito de o ouvir. Irrequieto, mordaz, com um humor negro que descomplica situações graves ou até trágicas. 
Fui para casa e, no dia seguinte, depois de ter terminado a leitura que tinha em mãos, peguei de imediato no livro. Pequenas crónicas do seu dia a dia que, não fora esse humor que referi, poder-se-iam tornar uma leitura pesada. Alternando de situações cómicas a outras mais graves, onde a guerra e os conflitos que grassam no seu país, servem de pano de fundo para muitas histórias, o autor tem um modo peculiar tanto de as narrar como de se sair dessas situações caricatas.
Esta narrativa, que traduz um pouco da sua vida e de seus familiares em Tel Aviv, é um retrato original e peculiar dos sete anos que vão desde o nascimento de seu filho até à morte de seu pai. Pequenos contos ou crónicas interligadas, como lhes queiramos chamar, que se lêem com um sorriso na cara mas que traduzem, também, como se vive em Israel em tempo de guerra e conflitos.
Uma leitura simultaneamente bela e triste; alegre, divertida e para refletir. Recomendo! Só é pena ter acabado tão depressa.
Terminado em Novembro de 2016
Estrelas: 5*
Sinopse
Se um rocket pode cair sobre nós a qualquer momento, que importância tem despejar o lixo? E os pássaros do jogo «Angry Birds», lançados raivosamente contra pobres porquinhos, não lembram terroristas? 
Com particular ironia, Etgar Keret relata neste livro histórias de sete anos da sua vida: o nascimento do filho, a terrível história da sua irmã ultraortodoxa e dos seus onze filhos, a trajetória dos seus pais sobreviventes do Holocausto, encontros com taxistas stressados, viagens de avião, noitadas literárias agitadas, ameaças de bombas, a morte do pai. 
Um livro extraordinário sobre a vida de hoje em Israel e no mundo, onde o humor e a emoção se combinam com uma boa dose de absurdo.
Cris

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