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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

"Concerto em Memória de um Anjo" de Eric-Emmanuel Schmitt

Quatro contos, ou romances pequenos como gostei de lhes chamar enquanto lia este livro. Já aqui disse que não sou apreciadora de contos. Acabam depressa. Demasiado depressa para quem tem alguma dificuldade ao iniciar um livro. Demoro a entrar numa história por isso não gosto quando ela acaba. E, então, quando entro e tenho de sair porque acabou depressa...
No entanto, ao ler lestes contos apercebi-me de como a intensidade num conto é, quando bem feito, maior, porque num conto tudo se condensa, não havendo gorduras supérfluas, como refere o escritor nas considerações que faz nas últimas páginas. E, talvez por isso mesmo, o leitor mergulha rapidamente na história, aspecto que gostei francamente. 
E fica aqui a pergunta que se impõe: o que une estes quatro contos? Porque os agrupou o autor? Creio que em todos eles existem vários pontos em comum. O que salta à vista é o poder de decisão do Homem, das escolhas que faz independentemente do seu passado de horror ou de amor. Poder escolher como se quer ser é uma das coisas que aprendemos com a idade. A infância/adolescência marca-nos profundamente mas o que somos enquanto adultos passa muito por aquilo que decidimos ser. E entendam-me: disse "por aquilo que decidimos ser" e não "por aquilo que decidimos ter".
Não vou falar mais do meu amor/ódio pelos contos em geral, nem tão pouco revelar-vos o conteúdo destes contos em particular. Gostei, embora continue a preferir histórias mais longas, sou sincera. Se se quiserem aventurar, creio ser uma boa aposta, sobretudo para quem é fã deste género literário.
Adorei as considerações feitas pelo autor no final do livro sobre a feitura dos contos, de onde surgiram as suas ideias. Acho que são aspectos interessantes que despertam a curiosidade do leitor.
Terminado em 2 de Novembro de 2016
Estrelas: 4*
Sinopse
Que relação existe entre uma mulher que envenena sucessivamente os seus maridos e um presidente da República apaixonado? Qual a ligação entre um simples e honesto marinheiro e um escroque internacional que vende bugigangas religiosas fabricadas na China?Por que milagre uma imagem de Santa Rita, padroeira das causas perdidas,assume o papel de guia misteriosa das suas existências?Todas estas personagens tiveram a possibilidade de se redimir, de escolhera luz em vez da sombra. A todas foi um dia oferecida a salvação. Algumas aceitaram-na, outras recusaram-na, outras ainda não souberam reconhecê-la.Quatro histórias com ligações entre si. Quatro histórias que atravessam o que de mais comum e mais extraordinário existe na nossa vida. Quatro históriasque exploram uma questão: somos livres ou estamos presos a um destino?Será que podemos mudar?

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