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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

"Antes de Eu Partir" de Paul Kalanithi

Perturbadora, no mínimo, esta leitura. Mas, quem me conhece já sabe que preciso de ler algo, por vezes duro mas real, para não deixar-me levar apenas pelos romances (que adoro, aliás!), fruto da imaginação dos autores.

Pouco tenho a escrever sobre este livro. Estou a senti-lo neste momento e isso é o mais importante para mim. A mensagem que Paul queria contar e transmitir, passou na íntegra. Tentar imaginar-me na sua pele é impossível sequer. Mas viver um pouquinho da sua vida, do seu sentir, das suas reações e sofrimento quando soube que, aos 36 anos, tinha um cancro fatal e pouco tempo tinha de vida (quando ainda tinha tanto para realizar), da sua luta e espírito combativo, foi muito importante para mim. Sendo médico experiente e conhecedor do que se iria passar consigo, a sua força e resiliência é de louvar. Mas, de louvar é também, e sobretudo, a sua fraquesa e a sua dor que mostra sem pejo. A importãncia dos laços famíliares e dos amigos.

Perturbador, como já referi, e contado num tom intimista, uma vida findada a meio da sua existência.

Merece ser lido!

Terminado em 21 de Agosto de 2016

Estrelas: 5*

Sinopse

Aos 36 anos, ao terminar uma década de formação como neurocirurgião, Paul Kalanithi foi diagnosticado com um cancro inoperável no pulmão. Num dia era um médico que dava esperança aos que lutavam pela vida, no seguinte passou a ser um paciente que tentava sobreviver.
Antes de Eu Partir conta-nos a transformação de Kalanithi, que passou de estudante de Medicina em busca do sentido da vida a neurocirurgião respeitado pelos seus pares. Até que, numa estranha ironia de vida, se viu no papel de paciente e pai de um recém-nascido. Ao enfrentar a sua própria mortalidade, não pôde deixar de se interrogar: o que nos faz querer viver? O que fazemos quando a vida é interrompida de forma tão abrupta? O que significa ser pai quando a nossa própria vida está a fugir?
Paul Kalanithi faleceu enquanto escrevia este livro profundamente comovente, contudo, o seu amor pela literatura e medicina levou-o a partilhar as suas maiores inseguranças e receios. Partiu demasiado cedo, mas não sem antes nos deixar este testemunho lírico e extraordinário sobre a condição humana.

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