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domingo, 17 de abril de 2016

Ao Domingo com... João Valente

O mais certo é não saberem quem eu sou. O meu nome é João Valente e publiquei o meu primeiro romance, chamado The Empire (procurem-no numa qualquer livraria que ele aparece), há pouco tempo. Portanto, não se preocupem que não andam distraídos. Acontece que sou mesmo novo nestas coisas. 
No entanto, escrevo há muito tempo. Desde que me conheço. Talvez esteja a exagerar… Tenho memórias anteriores à escola primária e, para dizer a verdade, só aprendi a ler e escrever aos seis anos. Corrigindo, escrevo desde os seis. Na altura, não escrevia romances. Limitava-me a repetir letras ao longo de uma linha tracejada. E era bem difícil. 
A folha em branco, essa velha conhecida… O momento em que tudo é permitido. Depois, a partir da primeira palavra, as possibilidades começam a afunilar-se até que, com o derradeiro ponto final, se tornaram numa história única. Aquela que, sem eu desconfiar, vivia dentro de mim, ansiosa por saltar cá para fora. E, uma vez liberta e à solta, pode tornar-se perigosa. Tal e qual como se estivesse a bordo da Nostromo. 
Eu escrevo porque não consigo não escrever. Estou sempre distraído a imaginar histórias (o que talvez seja pouco saudável) e preciso de as verter para um papel. Quero conhecer todos os seus pormenores e, sobretudo, ficar a saber o seu fim. Eu escrevo até quando não escrevo. Escrevo quando olho para um desconhecido e lhe reconheço uma maneira de andar que se adapta a certa personagem. Escrevo quando leio uma notícia que é um ponto de partida para uma metáfora. Escrevo quando preciso de exorcizar o demónio que construiu um ninho no meu coração.
Gosto muito de escrever. No sentido mais literal. Tenho um prazer físico em sentir uma caneta de tinta permanente a desenhar um conjunto de letras num papel de 120 gramas. É um luxo. Faço-o de vez em quando porque escrever no word é melhor. Poupa tempo. Poupa espaço. E pouca a paciência porque depois perco os papéis e a ordem dos papéis e é uma chatice.
Desconfio que todos os escritores acham que podiam fazer uma melhor figura do que Deus. Se fosse eu a criar o mundo, tinha tido mais cuidado. Basta ler o que escrevo para perceber que os mundos que criei fazem muito mais sentido do que a realidade.

João Valente

3 comentários:

  1. Fico curioso e vou à procura.
    Mas há uma razão para o romance do português João Valente se chamar The Empire?

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    Respostas
    1. Olá José. Em primeiro lugar, agradeço o interesse neste meu romance. Espero que goste.
      O nome completo do romance "é The Empire - a história da banda que se tornou uma lenda do rock". E, como já deve ter adivinhado, The Empire é o nome por que a banda ficou conhecida.

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  2. Gostei de ler a apresentação de João Valente. Quanto ao livro, parece uma biografia ao próprio mundo do rock duro com drogas à mistura, isto apenas a avaliar pelas páginas disponíveis para avaliação do livro. Desejo Boa Sorte e continuação de Boa Escrita.

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