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segunda-feira, 30 de março de 2015

"De Zero a Dez" de Margarida Fonseca Santos

Gosto dos livros da Margarida. Pronto! Tem uma escrita límpida, clara, muito terra a terra, foca assuntos que nos são próximos e leem-se, portanto, com uma fluidez que nos encanta. Resumindo, é isto.

Mas há mais. Depois de acabar uma leitura dela, percebemos melhor algumas pessoas que nos rodeiam ou alguém de quem já ouvimos falar mas que não pertence ao nosso grupo de amigos. E isso, para mim, é uma mais valia enorme, mais valia que nos acrescenta algo, que alimenta e faz crescer a nossa personalidade, o nosso eu.

Não é uma escrita rebuscada, mas sim simples mas profunda. Agrada a quem lê. Produto de uma pesquisa que se adivinha grande e/ou de algo pessoal, os livros da Margarida são para se ler. Pronto!

"De Zero a Dez, A Vida no Silêncio da Dor" é um livro a quatro vozes, escrito na primeira pessoa: Leonor, doente de artrite rematoide, uma doença músculo-esclética; Maria, sua amiga incondicional; o seu médico e João Paulo, o seu namorado. Várias vozes sobre uma doença que não se vê (embora, por vezes, as deformidades sejam visíveis) mas que é sentida constantemente por quem dela sofre. A sua invisibilidade faz com que haja quem pergunte, insensivelmente, se não é uma "mania", um fingimento...

Uma história contada de uma forma simples, mas sentida, sobre algo complicado, num mundo onde a doença não tem lugar!

Terminado em 28 de Março de 2015

Estrelas: 5*

Sinopse

Esta é uma história sobre a dor crónica, esse mal constante e invisível, que afeta tantas pessoas. É igualmente um livro terapêutico, onde os caminhos e as estratégias para lidar com problemas de saúde crónicos se revelam a cada passo. É, sobretudo, um livro com esperança por dentro.
Leonor é uma mulher a braços com uma doença crónica, que, durante muito tempo, a deixa sem saber como avançar para lá das dores, sem saber como conviver com o cansaço da dor e com a dor do cansaço. Leonor vê a sua vida espartilhada por condicionantes que influenciam o dia-a-dia, nas mais pequenas coisas, mas também o futuro.
É através da ajuda dos amigos e de uma relação equilibrada com o seu médico que reencontra uma vida a que pode chamar sua, onde a felicidade e o empenho no trabalho passam a ser uma realidade concreta, possível e enriquecedora, uma vida onde a dor deixa de ser o centro.

3 comentários:

  1. Cristina, nem sei bem como agradecer esta sua visão do livro e da minha escrita. Talvez possa dizer-lhe que me senti entendida no que escrevo e acarinhada enquanto pessoa, reconhecida nos meus objectivos, muito obrigada! O que aqui escreveu é, para mim, um presente gigantesco. Um grande beijinho

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    Respostas
    1. Olá Margarida! Bem vinda ao blogue! O seu livro "chega" ao leitor, quer se trate de alguém com doenças semelhantes ou não. E isso é, de verdade, um dom. Beijinhos e muita força! Espero um próximo brevemente!

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    2. Obrigada, Cristina! Pois, já está um na forja, é verdade... Um enorme beijinho para si

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