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quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Senhor Comandante, uma Carta Assassina"de Romain Slocombe

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 200
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722526074

Adorei esta leitura! É um livro verdadeiramente assombroso e aterrador, como refere o L'Express.
Uma carta verídica encontrada em Maio de 2006 e que, com algumas alterações, foi transformada num livro.

Segunda Guerra Mundial, durante a ocupação francesa! A carta foi escrita a um comandante alemão por um escritor francês, condecorado na guerra 14/18, escrita em jeito de confissão e com fortes ideias anti-semitas, pedindo-lhe algo que julgamos saber do que se trata quase até ao fim do livro... Mas não podíamos estar mais enganados!

E perante o horror do que é sentir por dentro o que ele pensava acerca desse "perigo nacional e social" vemo-nos quase a simpatizar com este personagem porque ele se vai transformando quando se apaixona por uma bela judia alemã, que por um azar do destino é a esposa de seu filho. E paralelamente ao ódio sentido por essa raça tão profundamente martirizada, tenta proteger a sua nora e netos...

Juntamente com esta história central, que nos vai surpreender no final, assistimos a relatos de horrores cometidos pela polícia francesa aos "seus" judeus. Lembro-me em particular de um interrogatório onde a violência toma proporções altíssimas e que ainda martela na minha mente já muito depois de ter terminado esta leitura.

Um livro duro, não muito apropriado para quem tem estômago leve, porque as palavras fortes e, sobretudo, o contexto histórico estão muito bem retratados. Um tema sobre o qual gosto muito de ler, desta vez sob uma perspectiva diferente. Muito diferente! De facto, achei este livro especial.

O final é um misto de surpresa (porque inesperado) e repugnância pelos actos praticados por tantos simpatizantes de uma ideologia tão cruel! Nota máxima! Recomendadíssimo!

Terminado em 28 de Maio

Estrelas: 6*

Sinopse

Escritor e académico na Paris pré-guerra, Paul-Jean Husson retirou-se para uma pequena vila da Normandia com o intuito de se dedicar à sua obra, marcada por um antissemitismo «patriótico». Quando a guerra rebenta e o seu filho Olivier é obrigado a partir, toma a seu cargo a proteção da nora, Ilse, uma alemã de traços arianos e luminosos. A sua beleza faz surgir nele uma atração que vai contra todos os seus valores, uma vez que descobre que ela é de origem judaica. Pouco a pouco, o universo confortável do grande escritor pétainista, modelo do bom burguês, começa a vacilar. Apenas uma carta dirigida ao comandante da Kreiskommandantur pode permitir a Husson salvar a sua honra.

4 comentários:

  1. Bolas, parece ser um livro forte... Mas fiquei curiosa :)
    Beijinho

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  2. Pela tua opinião, este é um livro mesmo à minha medida!
    Beijos
    Teresa Carvalho

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  3. Estou mortinha por vos contar a historia... Mas não posso, perdia a "piada"toda...
    Isto é mesmo p estar entre parentesis...pq piada é que o livro não tem!!! Bj amiga!

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