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segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Pássaros Amarelos" de Kevin Powers


Edição/reimpressão:
 
Páginas:
 
216
Editor:
 
Bertrand Editora
ISBN:
 
9789722526326


" A guerra tentou matar-nos na primavera"

A primeira frase prende-nos de imediato, o que nos faz esperar muito deste livro. Talvez por isso, houve partes na leitura em que me impacientei e que queria mais.

No entanto, gostei muito de captar e perceber a forma como se sentem os todos aqueles que assistem a horrores que o ser humano comum não conhece. O mecanismo de defesa que alguns adoptam para conseguir sair com vida de um palco de guerra é, para o senso comum, inimaginável. Sentir satisfação por ter escapado da morte quando se vê que o outro, ao nosso lado, foi atingido, é um sentimento que não trás nenhum contentamento nem realça a nobreza de ninguém mas percebemos que é quase inevitável para todos aqueles que andam por "lá". "Lá" é um sítio que, por mais que se tente, não conseguimos imaginar porque não faz parte do nosso imaginário. A guerra situa-se bem longe, lá tão longe, que mesmo as imagens que passam nos meios de comunicação social não conseguem fazer-nos senti-la. Só mesmo quem por lá viveu é que conseguiria escrever sobre ela com verdade e realismo. Como o autor.

Uma história bem construída e conseguida, feita por alguém que tem certamente uma visão real do que se passa em cenários de guerra. Os laços que se estabelecem mesmo sem querer, as promessas que se fazem aos familiares que ficam, a morte sucessiva de companheiros, o desespero!

Gostei!

Terminado em 13 de Junho de 2013

Estrelas: 4*

Sinopse

A guerra tentou matar-nos na primavera.» Assim começa este poderosíssimo relato de amizade e perda. Em Al Tafar, no Iraque, o soldado Bartle, de vinte e um anos, e o soldado Murphy, de dezoito, agarram-se à vida enquanto o seu pelotão inicia uma batalha sangrenta pela cidade. Unidos desde os treinos, altura em que Bartle fez a promessa de trazer Murphy a salvo para casa, são os dois lançados para uma guerra para a qual nenhum está preparado.
Nos infindáveis dias que se seguem, os dois jovens soldados fazem tudo para se protegerem um ao outro das forças que os pressionam de todos os lados: os insurgentes, a fadiga física e o stresse mental, produtos de uma situação de perigo constante. Quando a realidade começa a perder os contornos e se transforma num pesadelo, Murphy torna-se cada vez mais desligado do mundo à sua volta e Bartle faz coisas que nunca imaginara vir a fazer. Com uma profunda carga emocional, Os Pássaros Amarelos é um romance inovador, destinado a transformar-se num clássico.

2 comentários: