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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A convidada escolhe: O sentido do fim

Este livro vou ler em breve. Também senti essa necessidade, que a Vera fala, de o ler. Espero gostar.


"Há livros que tem um forte apelo sobre nós e nem sempre o conseguimos explicar. O livro “O sentido do fim" é um bom exemplo disso, porque senti que iria gostar muitíssimo de o ler. Estava certa porque é um livro de referência para mim e será certamente um livro que irei reler mais tarde.

Vencedor do Man Brooker Prize 2011.

Não conhecia este escritor - Julian Barnes mas vou procurar ler mais, porque apreciei a sua escrita simples e irrepreensível numa história bem elaborada que não nos deixa indiferentes. Um pequeno livro com apenas 152 paginas mas que nos conduz a uma introspeção e reflexão sobre quem somos e qual o controle e perceção que  temos da nossa própria vida. Um livro rico, intenso que nos acrescenta algo e/ou modifica.

Na primeira parte, uma história comum sobre as vivências de quatro jovens nos anos sessenta, narrada pelo personagem principal - Tom Webster. Neste grupo de amigos destacava-se Adrian pela sua inteligência e objetividade, em oposição aos seus três amigos que usavam o senso comum. Uma amizade de rapazes onde se inseriam algumas observações filosóficas como:

           "A História são as mentiras dos vencedores”...mas é também a ilusão dos vencidos"

           "São mais as memórias dos sobreviventes, dos quais a maioria não é vitoriosa nem vencida."

Na segunda parte, a história ganha impulso com um episódio inesperado e a leitura torna-se absorvente e imparável. "Aprender as novas emoções que traz o tempo" porque a ação se passa 40 anos depois. Ressentimentos, dúvidas, incertezas, em suma, sentimentos recalcados e emoções mal resolvidas são revistas por uma perspetiva diferente. Confronto com reminiscências do passado até ao surpreendente e perturbador final.

"Quantas vezes contamos a história da nossa vida? Quantas vezes adaptamos, embelezamos, fazemos cortes matreiros? E, quanto mais a vida avança, menos são os que à nossa volta desafiam o nosso relato, para nos lembrar que a nossa vida não é a nossa vida, é só a história que contamos sobre a nossa vida. Que contámos aos outros mas - principalmente - a nós próprios."

Vera Sopa (blog "Ler, prazer adquirido")

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