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sábado, 31 de dezembro de 2011

Os últimos dias de Pôncio Pilates de Paula de Sousa Lima


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 224
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724620459
Coleção: Romance Histórico

Confesso que a leitura deste livro suscitou em mim duas reacções opostas. Se por um lado tive dificuldade em entrar na escrita tão sui generis desta escritora, caracterizada por longas frases em discurso directo e indirecto, num mix que me fez dispersar e ter de retomar a leitura mais do que uma vez; por outro, essa mesma escrita criou em mim uma admiração enorme pois considerei-a ao mesmo tempo bela, poética até. 

As suas duzentas páginas levar-me-iam a dois, ou no máximo, três dias de leitura mas a concentração a que me obrigou fez esticar esse prazo por mais tempo que o desejado. Precisei, como já referi, de reler algumas frases para conseguir apanhar todo o sentido. 

Não é esta uma leitura fácil porque se torna necessário uma atenção constante, já que o narrador muda frequentemente, quase sem nos darmos conta, mas é uma escrita muito singular, nada usual e que ao fim de algumas páginas nos conquista pela sua originalidade. Original é também a história em si. Cláudia, esposa de Pôncio Pilatos, é a personagem central e é em torno dela que gira a acção. Imaginativo. Intenso. 

Recomendo, sendo que é necessário algum tempo para saborear este livro.

Terminado em 30 de Dezembro

Estrelas: 3*

Sinopse

Cláudia tem desde criança o dom da premonição - e foi num sonho que viu pela primeira vez Pôncio Pilatos e soube que seria seu marido; mais tarde, quando o reconheceu no palácio do imperador, teve a certeza de que o seu coração - tão escuro naquele momento - um dia iria clarear-se.
Foi também num sonho que Cláudia anteviu a chegada do Nazareno - de quem foi seguidora desde o primeiro instante - e se intrigou com as imagens recorrentes de sangue derramado, desconhecendo, porém, que se tratava do sangue de Cristo, do qual Pilatos, seu marido, não poderia lavar as mãos. Estamos agora no ano de 86, e Cláudia desce todos os dias até Roma para socorrer os mais necessitados, a quem já ofereceu todos os seus bens. Teme pela vida dos apóstolos Pedro e Paulo, pois o imperador mandou que se perseguissem e matassem todos os cristãos; teme ainda pela vida do marido quando o deixa sozinho, ancião já, em busca das palavras mais justas para compor o evangelho que o redimirá da sua culpa de omissão: o testemunho da obra e da palavra do Nazareno, que clareou o seu coração e lhe deu a conhecer a sua alma.
Situando a acção em Roma e na Palestina, Os Últimos Dias de Pôncio Pilatos é um romance poético e inovador, que ficciona a vida de personagens reais que interagem com outras, surgidas da imaginação, num tempo mais mágico do que histórico.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A convidada escolhe: Uma palavra tua

É uma delícia saborear as opiniões das minhas amigas e sinto que foi, realmente, um momento feliz de inspiração quando me lembrei de fazer esta rubrica com elas e que sai todas as quintas. Mais uma vez, o meu obrigado pelas suas opiniões! O meu comentário a este livro aqui. Os livros tocam-nos de maneira diferente mas ao ler a opinião da Teresa não pude deixar de me perguntar se não terei lido com muita rapidez e ligeireza este livro de Elvira Lindo...


"Peguei neste livro com o pressuposto que seria um livro óptimo para intercalar com leituras mais pesadas por um lado, por outro porque sendo de uma autora espanhola teria mesmo de ler pois cada vez mais tenho apreciação por escritores do país vizinho e por outro ainda porque tratando-se de um livro de apenas 186 páginas seria uma leitura rápida. Bem, os dois primeiros pressupostos confirmaram-se mas o terceiro não.

Ao fim de dois dias fiquei perplexa por ainda estar a meio do livro! Pois bem, este livro não é para ser lido depressa! E porquê? Porque embora de
aparencia simples é, na realidade, um livro que se revela bem mais complexo.

Conta-nos a história de duas varredoras de rua madrilenas, Rosário e Milagros,
mostrando-nos o seus anseios, a sua realidade, as suas semelhanças e diferenças, a sua vida quotidiana que aparenta uma banalidade que na realidade não existe pois a autora imprime a estas duas mulheres personalidades cheias de sentimentos e o desenrolar da história tem momentos quase rudes, outros mais sentimentais mas sem qualquer laivo de lamechas, momentos cómicos ou pelo contrário trágicos, enfim um romance sobretudo humano.

A amizade entre estas duas mulheres é o tema central, os seus encontros e desencontros são-nos descritos com sensibilidade e também crueza, não é de todo um romance com floreados românticos e que nos faça sonhar, pelo contrário mantêm-nos bem acordadas para a realidade desta nossa sociedade cujos valores parecem estar em mutação.

A escrita de Elvira Lindo revela-se neste pequeno/grande livro, uma escrita mordaz, sensível, crua e poderosa. Após esta leitura, a nossa reflexão sobre a mesma centra-se na sociedade que nos rodeia, plena de preconceitos e vazia de sentimentos e lembra-nos que há “figuras” aparentemente vulgares e desprovidas de interesse que na realidade se revelam profundas e repletas de qualidades.

Se por vezes soltei uma ou outra gargalhada ou pelo menos sorri, momentos houve que senti algum choque e mesmo alguma tristeza ao constatar algumas características da nossa realidade actual.

Um livro que aconselho sem reservas mas com a ressalva de que deve ser “saboreado devagarinho para plena degustação dos diferentes sabores e ingredientes”. Resta-me dizer que adorei este livro e principalmente adorei a sensação de surpresa que me proporcionou!"

Teresa Carvalho

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Angola, o horizonte perdido de António Coimbra


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 440
Editor: Papiro Editora
ISBN: 9789896365998

Foi com uma certa nostalgia que decidi escolher este livro para minha leitura. Uma parte pequenina do meu coração ficou em África e esperava, com esta leitura, recuperar o meu imaginário de infância. Esqueci-me, porém, que as recordações são algo de muito próprio e pessoais e se o que esperava era rever-me nestas palavras tal não aconteceu na sua totalidade, como era de prever...

Mas visitei muitos cheiros e cores de uma Angola de há muito tempo e, quando lia, muitas recordações afloraram ao meu pensamento e as cores de Angola fizeram-me sentir saudades de uma época em que as portas não eram fechadas à chave e não era necessário espreitar pelo buraquinho para ver quem lá vinha!

Interessante percurso o desta personagem/autor que, nascido numa pequena e pobre aldeia portuguesa sonhou em conseguir uma vida melhor. O sonho de partir sempre acompanhou o seu crescimento e a sua vontade de aprender com e nos livros tornou-o um auto-didacta. À semelhança de tantos "retornados", aprendeu a amar Angola e depois, com a guerra e a descolonização, teve de descobrir e reconstruir uma vida nova num Portugal de costumes diferentes do de hoje.

Terminado em 25 de Dezembro de 2011

Estrelas: 3*

Sinopse

Num registo profundamente pessoal e crítico, pontuado por episódios quentes e eróticos como a própria África, António Coimbra conta-nos a história de um português que, como tantos outros, construiu a sua vida em solo africano, que depressa aprendeu a amar e que, um dia, foi obrigado a deixar. Angola, O Horizonte Perdido é uma homenagem a todos aqueles que labutavam no então ultramar português e que, de um dia para outro, descobriram que tinham sido cobardemente traídos e abandonados à sua sorte. A voz de António Coimbra é a voz de todos aqueles que, revoltados com a versão "oficial" dos acontecimentos, se querem fazer ouvir.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ao Domingo com... Paula de Sousa Lima

em torno da minha escrita

Falar de nós próprios é pensarmo-nos. E pensarmo-nos requer mais do que palavras; requer sondar com a alma o insondável que é a alma; requer ouvir atentamente o pulsar do sangue que nos corre nas veias; requer abrir um rasgão em nós. Por isso é tão difícil falarmos de nós. Por isso me é tão difícil falar de mim.

Aos cinco anos já sabia ler e escrever, e desde então pouco mais tenho feito que valha a pena. O meu projeto de vida não foi a escrita: foi a minha família, os meus quatro filhos. Todavia a escrita. Sempre. Li muito menos livros do que os que desejaria ter lido, mas li muitos. Durante largo tempo a minha voz esteve ali, na escrita de outros. E a minha voz própria estava a fermentar, lentamente, lenta, lentamente.
A minha voz teve um longo período de gestação. Claro que as redações na escola primária, sempre elogiadas, tens muito jeito para escrever. Depois, perdoe-se-me o salto no tempo, a escrita académica, os mesmos elogios, você escreve de forma singularmente escorreita, a sua escrita é exemplar. E a minha voz adiada. Não, a minha voz a crescer dentro de mim, a germinar lentamente. Não acredito em escritas repentistas nem em dons inconsistentes. Quando me perguntam qual a qualidade fundamental pare se ser escritor, não tenho dúvidas na resposta: escrever bem, dominar a língua com perfeição. Claro que depois – a nossa voz. A voz que é minha porque dentro de mim germinou.

Escrevo no meu jardim de inverno porque o silêncio e a quietude. Preciso de ouvir as palavras, preciso de estar só para as alinhar, as ajustar, as fazer crescerem num texto – seja longo ou curto. Escrevo e leio o que escrevi e releio e releio. Há música no meu jardim de inverno, e essa música surge quando as palavras se impõem cadentes. Inusitadamente cadentes – porque a minha voz não é a das redações da escola primária nem a dos textos académicos que produzi, embora deles tenha aproveitado alguma coisa que me permite a autovigilância.

De forma singela – perdoe-se-mo – diria que um romance ou um conto (os géneros que cultivo) têm três ingredientes: a história, a estrutura da mesma e a voz com que se a conta. A história em si aparece-me ora inteira e feita ora em pedaços que vou juntando; depois, num processo de fruitivo esforço mental, decido a organização da sequência narrativa; então, a minha voz passa para o teclado do computador. É este o tempo do prazer. Ouvir a minha música no meu jardim de inverno. Não me furto a desconstruir frases que aprendi de maneira canónica, pois a minha voz só me interessa se for toda nova. Apanho algures, entre as minhas plantas e o correr do meu sangue, metáforas acabadas de nascer. Escrevo assim. Consciente e visceralmente. Talvez seja mais certo dizer que a minha voz se vai fixando, num processo que medeia entre o esforço e a naturalidade do respirar.

Paula de Sousa Lima

Passatempo: "Os últimos dias de Pôncio Pilatos"

Começa, hoje, aqui n'O tempo entre os meus livros um novo passatempo! Desta feita vamos oferecer, com a colaboração da Editora Casa das Letras, dois exemplares do livro "Os últimos dias de Pôncio Pilatos" de Paula de Sousa Lima, a dois dos participantes que respondam acertadamente às questões abaixo indicadas.

O passatempo termina dia 31 de Dezembro.

Recordo que só é permitida uma participação por email/morada e para moradas em Portugal. O blog e a editora não se responsabilizam por eventuais extravios no seu transporte.

Boa sorte!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Ao Domingo com... Um feliz Natal!





Hoje é dia para ficar em família e, como tal, a rubrica "Ao Domingo com..." tem um merecido descanso.


Quero desejar-vos um óptimo dia na companhia daqueles que mais amam e fica, então, combinado um café, amanhã, às 13h, com a escritora Paula de Sousa Lima, autora de "O último dia de Pôncio Pilates".


Até amanhã!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Resultado do passatempo: "Os exploradores no túnel dos contrabandistas"

Chegados ao fim de mais um passatempo venho hoje anunciar o vencedor do livro "Os exploradores no túnel dos contrabandistas" de Marina Santos que teve a colaboração da Editora Alfarroba.

Foi seleccionado o nº 67, de entre as 154 participações, que corresponde a:


 - Luciana Gaspar de Relvas, Sta Catarina


Muitos parabéns! O livro ser-te-á enviado directamente pela editora.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

No princípio estava o mar de Gonçalo Cadilhe


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 284
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789898452856

Confesso que estava muito curiosa em ler um dos livros de Gonçalo Cadilhe, apaixonado que é pelas viagens, e este livro foi o primeiro que me veio ter às mãos. E estava curiosa por duas razões: porque "viajar" é uma das razões porque leio e porque "conhecer" alguém que consegue aliar as suas viagens reais com a escrita devia ser espectacular.

E assim foi. Constituído por vários pequenos textos, que não têm uma sequência cronológica, este é um livro perfeito para quem gosta de abrir um livro "à toa" e ler um pequeno trecho. Por isso se manteve na minha mesa de cabeceira durante um tempo e o intercalei com outras leituras. Perfeito também para quem ama o mar de e com paixão e para quem sente o bichinho do surf...

Fala-nos do seu amor pelo mar e pelo surf, que começou bem cedo, que o levou a correr mundo, e fala-nos, sobretudo, de amizade. Amizade partilhada e sentida entre e para quem o surf  e o mar é uma razão de vida e de amor.

Talvez por isso não tenha captado na totalidade o sentimento que aqui se expressa. Gosto do mar, sim, mas principalmente quando as suas águas são calmas e... quentes!
Mas vou querer ler outras obras deste escritor e viajar com as suas palavras!

Terminado em 21 de Dezembro de 2011

Estrelas: 4*

Sinopse

No Princípio Estava o Mar apresenta um conjunto de textos que Gonçalo Cadilhe escreveu ao longo de vários anos sobre a sua paixão pelo surf e pelas viagens. Os textos revelam o prazer no contacto com o mar, com a natureza e, finalmente, com a ideia de correr o mundo - interior e exteriormente.
Inicialmente escrito de surfista para surfista, No Princípio Estava o Mar acabou por se tornar um livro de culto não apenas para corredores de vagas mas também para namoradas cúmplices, pais perplexos, professores coniventes e outros segmentos da sociedade fascinados com a alegria contagiosa de descer uma onda, em particular, e de viajar, em geral.
Esta edição apresenta uma selecção cuidada de fotografias do autor e inclui textos actuais que testemunham o seu envolvimento permanente com o oceano.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A convidada escolhe: Para sempre

Desta escritora só li o célebre "Vai onde te leva o coração" e, pela opinião da Fernanda, tão positiva, vou ter mesmo de acrescentar este à minha lista de presentes de Natal para oferecer à "Je". Sabe tão bem receber uns presentinhos extra, mesmo que saibamos de antemão o seu conteúdo!!!

"Quem recorda como um dos melhores livros de Susanna Tamaro “Vai onde te leva o coração”, vai adorar este livro.

“Para Sempre” é um livro para saborear. Apesar de o tamanho “enganar” não é um livro de leitura rápida, pelo menos para mim não foi... é um livro para ler e ir relendo a cada momento durante a leitura… é um daqueles livros (e não tenho muitos) que ficou muito sublinhado. Frases soltas que quero ler e reler.

“Para Sempre” é-nos apresentado como uma história de amor. Para mim foi/é mais que isso, é um livro sobre a Vida, sobre o Divino e o Humano.

Vivemos a história do personagem principal, revoltamo-nos quando julga que a vida lhe foi “roubada”, sobretudo por quem não teria jamais o direito de o fazer – a mulher que amava e o amava. Um livro sobre perda e julgamento que nos relembra que não somos nada nem ninguém para julgar os outros. Que nos fala sobre a essência da vida e a importância do ser em detrimento do ter e como a sociedade nos julga e exclui por fazermos escolhas diferentes das aparências em que somos instruídos.

Um livro que nos mostra que o silêncio é fundamental num mundo cheio de ruído para podermos sobreviver enquanto Pessoas, e quanto é difícil para tantos perceber que se possa fazer essa opção. Um livro riquíssimo que nos coloca entre o bem e o mal, entre a vida e a morte sem sombras de moralismo. "Uma história sobre a eternidade do amor e “… quando se dialoga com o eterno nunca se perde tempo.” (p.87).

“Para sempre” ganhou para mim um lugar especial. Um livro que recomendo para um momento de disponibilidade mental e predisposição para a interiorização. Uma música suave de fundo e um sofá acolhedor. Irei certamente regressar a esta história de vida que me fez meditar sobre a essência da vida. Como gosto, um livro sobre temas sérios “mascarado” de romance e nada lamechas!

“… A Terra Prometida? Tem muitos nomes, mas uma só essência: a inocência, e
deslumbramento, o ser puro de coração.” (p. 126)

“Não são as coisas que fazemos que dão qualidade aos nossos dias, mas sim a maneira como as fazemos. (…) será a tua rectidão que permitirá ao navio chegar a bom porto, será a tua não-rendição, o não cederes ao medo que permitirá salvar a carga, a tripulação e os passageiros que te foram confiados.” (p. 131)

“Aquilo que nos rodeia não é senão o espelho do que temos cá dentro. Se tratarmos a nossa vida interior como uma descarga, não podemos imaginar que o mundo em redor, como que por magia, se transforme num jardim.” (p. 149)

Fernanda Palmeira

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dezembro de Elizabeth H.Winthrop


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 280
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722523707

Perturbador este livro! É assim que eu o classifico. 

De leitura obsessiva, esta obra é um pouco o colocar à prova a nossa paciência, no sentido de que queremos desde o seu início perceber a causa do comportamento da pequena Belle e está de tal forma escrito que nos leva a sofrer em conjunto com os seus pais, desesperados por ouvirem um pequeno som de sua boca. 

Personagens bem construídos psicologicamente, completas nas suas qualidades e defeitos. Ruth, a mãe, vive amargurada, culpabilizando-se por ter escolhido este ou aquele caminho ou decisão que, no seu entender, poderiam ter levado ao silêncio alarmante de sua filha. Wilson, o pai,não sabe como reagir perante o comportamento e o isolamento que Belle se impôs. E Isabelle, ela própria, não tem uma explicação para o seu comportamento... 

Às vezes a própria vida encarrega-se de resolver alguns mistérios e é com impaciência que folheamos as páginas deste livro, ávidos para ficar a conhecer o desenrolar e o final da história. Recomendo!

Terminado em 20 de Dezembro de 2011

Estrelas: 4*+

Sinopse


A pequena Isabelle, de onze anos, não diz uma palavra há quase um ano. Desistiram dela quatro psiquiatras, classificando de impenetrável o seu silêncio. Os seus pais sentem-se incrédulos e aterrorizados com o isolamento da filha e com o facto de gradualmente estarem a perder o controlo sobre a vida familiar. A escola de Isabelle, que até agora tomou a atitude extraordinária de a deixar fazer os testes e trabalhos em casa, está prestes a expulsá-la, obrigando os seus pais a confrontarem-se com a possibilidade de aquilo que julgaram tratar-se de uma extravagância de adolescente, uma fase, ser afinal uma transformação definitiva, um isolamento de onde a filha poderá nunca vir a sair. 

Dezembro constrói um quadro inesquecível de uma família em crise e de um mês na vida de uma rapariga inteligente e fascinante, encerrada num isolamento criado por si própria e do qual só ela pode decidir libertar-se. 

De leitura compulsiva e emocionante, Dezembro é uma obra de uma originalidade maravilhosa e de grande impacto emocional.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Novidade Europa-América

Título: Cura
Autor: Robin Cook
Colecção: Obras de Robin Cook
Preço: 19.75¤
Pp.: 368

Sinopse
Agora que o neuroblastoma, potencialmente fatal, que tomou conta do seu filho parece estar em plena remissão, a médica legista de Nova Iorque, Laurie Montgomery, volta às suas funções, no Gabinete de Medicina Legal, onde trabalha há mais de duas décadas.
Preocupada com a incerteza de ainda ter, ou não, capacidade para o seu trabalho depois da longa ausência, Laurie depara-se com um primeiro caso, que é nada menos do que um puzzle altamente perigoso e da maior importância, que envolve o crime organizado e duas empresas recém-criadas de biotecnologia, num jogo de audazes. Apesar dos conselhos e avisos dos seus colegas e do seu marido, o também colega Jack Stapleton, Laurie está determinada a resolver o mistério que este caso representa.
Satoshi Machita, um ex-investigador da Universidade de Quioto, é o detentor de uma patente extremamente valiosa que diz respeito às células estaminais induzidas pluripotentes, que serão a base para a construção de uma indústria de triliões de dólares na área da medicina reconstrutiva. Quando este morre numa plataforma do metropolitano de Nova Iorque, cheia de pessoas, Laurie terá de decidir se a sua morte se deve a causas naturais, ou a algo… mais diabólico.
Nas sombras, escondem-se pessoas que gostariam de ver Laurie bem longe da morte de Satoshi. Apesar das ameaças que recebe, ela insiste, até que estas começam a tornar-se bem reais e afectam a pessoa que ela mais ama no mundo: o seu filho J. J.
Subitamente, Laurie não terá outra escolha senão resolver o crime e salvar o filho.


Sobre a autor
O Dr. Robin Cook é um prestigiado médico norte-americano, especializado em Oftalmologia, doutorado em Harvard. É reconhecido como o fundador do género literário «thriller médico» e há trinta anos que se mantém como o autor de maior sucesso deste género a nível mundial. Este é o seu 30.º livro publicado na Europa-América.

Resultado do passatempo: "Diário dos infiéis"

Anuncio agora o nome do vencedor do passatempo que O tempo entre os meus livros realizou em parceria com a Editora Oficina do Livro. O felizardo vai receber dois livros de "Diário dos infiéis" de João Morgado, um para si e outro para oferecer...

Através do Random.Org foi seleccionado o nº 34 , de entre as 174 participações, e que corresponde a:

 -Paula Torres de Mazarefes

Parabéns! Espero que tenhas uma leitura muito agradável.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ao Domingo com... Marina Santos

"Decorria o ano de 2000 quando comecei a amadurecer a ideia de escrever aventuras infanto-juvenis.

Em primeiro lugar pensei na identidade das personagens principais das histórias e, automaticamente, lembrei-me de criar um clube inspirado no meu grupo de amigos de férias e fins-de-semana.

Para local central da acção escolhi, claro, o sítio onde nos costumamos juntar: a bonita vila piscatória da Ericeira. Assim surgiu o “Clube dos Exploradores”, um grupo formado por oito jovens e dois cães, cuja sede, para as suas reuniões, seria uma espectacular gruta, e que se dedicaria a resolver mistérios de teor policial.

Com idades compreendidas entre os onze e os quatorze anos, Joana, Patrícia, Tiago, Fedra, Elsa, André, Rita e Miguel, na companhia do pastor alemão Marty e da boxer Gi, começavam assim a viver uma imparável sucessão de acontecimentos fantásticos. Estas personagens encontram-se incluídas num universo mais vasto de familiares e amigos – personagens secundárias permanentes – que lhes dão profundidade e as enquadram.

Baseados em factos e locais verídicos, os enredos têm sempre ligação com elementos históricos, lendas e questões sociais e ecológicas.
Tendo a edição a cargo de Alfarroba Edições desde Outubro de 2010 e as ilustrações de Filipa Cabral e Joana Amaro da Costa, cada história é independente, havendo no entanto uma sequência temporal e de acontecimentos.
Por tudo isto, nada melhor do que, começando pela primeira, conhecer todas as aventuras do “Clube dos Exploradores”,  espero que vos dê tanto prazer ler como me deu escrever:




1º O Clube dos Exploradores
2º Os Exploradores em acção
3º Os Exploradores e o baile de máscaras
4º Os Exploradores e o amigo “pintas”
5º Os Exploradores em defesa do rio
6º Os Exploradores no túnel dos contrabandistas"

Marina Santos

Passatempo: "Os exploradores no túnel dos contrabandistas"


Mais um passatempo aqui no blog O tempo entre os meus livros. Desta vez para os leitores mais jovens! Com a colaboração da Alfarroba, temos o prazer de oferecer um exemplar do último livro da escritora Marina Santos, "Os exploradores no túnel dos contrabandistas". O passatempo termina dia 23 de Dezembro.

Só têm de responder correctamente às questões que se seguem. As regras são as do costume: só é aceite uma participação por email/residência e com morada em Portugal.

O Tempo entre os meus livros e a editora não se responsabilizam por eventuais extravios nos CTT.

Boa sorte!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Se eu fechar os olhos agora de Edney Silvestre


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 264
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896572228

Às vezes não sei explicar o que me atrai na leitura de certos livros. É este o caso. Talvez um misto de curiosidade por ter sido escrito por um autor de cuja nacionalidade nunca tinha lido nada, a par com uma sinopse um pouco intrigante e misteriosa...

Confesso que o facto do livro ser escrito por um escritor brasileiro me obrigou a estar mais atenta a esta linguagem tão específica do nosso país-irmão, se bem que certos termos mais desconhecidos tivessem, no fim da página, um sinónimo.

Quero, no entanto, sugerir esta obra a quem gosta de um livro possuidor de mistério, mortes e surpresas constantes. Escrito de uma forma muito original, é através dos olhos de duas crianças e de um idoso que vamos penetrando nesta leitura sem nos apercebermos, nunca, do final. Não há resolução do crime, no sentido de que os autores sofram as devidas consequências, mas sim uma constatação que muitas vezes se equipara à vida real: os poderosos acabam por sair ilesos dos actos que praticam...

Escrita forte, sem pejo de ofender, sentimo-nos tocados com os vocábulos que cruamente descrevem actos horrendos, frios e desumanos. Um murro no estômago, uma leitura a reter e a reler.

Terminado em 17 de Dezembro de 2011

Estrelas: 4*

Sinopse


Numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense, em abril de 1961, dois meninos de 12 anos encontram o corpo de uma linda mulher, que foi morta e mutilada, às margens de um lago onde vão fazer gazeta. Eles não aceitam a explicação oficial do crime, segundo a qual o culpado seria o marido, o dentista da cidadezinha, motivado por ciúme. 

Começam uma investigação, ajudados por um velho que mora no asilo da cidade, um ex-preso político da ditadura Vargas, que acaba se tornando um terrível caminho de amadurecimento para chegar à vida adulta.

Novidade Alfarroba

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Na minha caixa de correio

      

Novidade Presença!

Concurso Literário Breve História de Amor




Com a colaboração da Leya e do escritor Tiago Rebelo, um novo passatempo surge aqui na blogosfera. Para participar terão de escrever uma breve história de amor com um máximo de 3000 caracteres, não sendo aceites as que excedam este limite. ( Os 3000 caracteres incluem os espaços )

O prazo para o envio das histórias será o dia 31 de janeiro de 2012.

Os concorrentes deverão enviar a sua história para: brevehistoriadeamor@gmail.com;

No dia 14 de fevereiro, dia dos namorados, será anunciado o vencedor através da publicação da história e do nome do seu autor em todos os blogs aderentes e ainda no site da LeYa e no site e página de Facebook do autor, bem como nos blogs da ASA;

O vencedor receberá uma colecção completa e autografada dos livros do Tiago Rebelo publicados pela ASA.
Mãos à obra?

Novidades Papiro Editora


Chama Fria ou Lucidez
de Sara Timóteo
Canto homens, deuses e mundos
dotada da mesma visão:
uma paixão fremente
toldada pela mágoa
de uma férrea e altiva
desilusão



Ecos de uma mente obscura
de Roberto Valente
Ecos de Uma Mente Obscura aborda temas polémicos, através de um regurgitar de ideias e emoções. Assumindo o processo de escrita como algo doloroso, consequência da sua complexidade e genuinidade — se assim não fosse, o poeta não se empenharia na sua construção — Roberto Valente incita a nova geração a não baixar os braços. Ecos de uma mente obscura instiga a imaginação do leitor sem jamais o separar da mensagem real que subjaz a seus versos.


Saga Liberté

de Monny Esmerallda
Seria o passado a razão do nosso destino ou este o resultado da  nossa verdade?
No final do século XVIII, dois jovens rompem as barreiras das imposições sociais da sua época e rendem-se à busca incessante pela verdade dos seus destinos. Movidos pela força de um sonho, Luzia e Simão mudam as suas vidas, lapidando a coragem em busca da razão de ser e viver feliz.
As cidades de Vila do Conde, em Portugal, e Santo Amaro da Purificação, na Bahia, Brasil, são o palco de uma misteriosa e envolvente trama.
Assim como Luzia e Simão, todos possuímos um destino, começo, meio e fim e, independente de raça, credo ou nacionalidade, somos caçadores de nós mesmos, em busca das nossas verdades, frutos das nossas escolhas, compreendidas por uns e rejeitadas por outros.

O Tesouro do Mar de Mansores
de José Santos
Em Mansores, Arouca, existe um imponente vale verde com nascentes de água límpida. Quando o rio Arda transborda, o nevoeiro permanece no fundo do vale e forma-se um mar em Mansores, sobre o qual existem várias lendas. Passados seis anos, Amélia e Mário reencontram-se para finalmente viver o amor que tinham sido impedidos de viver no passado. Com o incentivo da família de Mário, este casal e outros jovens ousados e liberais vão revitalizar uma seita e um culto herdados dos seus antepassados, descobrindo o prazer e a liberdade que só existem no mar de Mansores.
O Tesouro do Mar de Mansores é uma história repleta de mistério e erotismo a que o leitor vai adorar abandonar-se.