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domingo, 27 de novembro de 2011

Ao Domingo com... Ana Cristina Silva

"O meu nome é Ana Cristina Silva e tenho oito romances publicados. Cada livro que escrevo é uma espécie de palácio desguarnecido até encontrar um leitor que reconstrua as suas paredes. Porque a literatura é um acto de comunicação e também uma forma de agitar consciências. Gostaria que as minhas personagens acompanhassem os leitores depois de fechado o livro. Interesso-me sobretudo pelos conflitos humanos, a complexidade de certas recusas, as frágeis mentiras,  incompatibilidade de certos factores.

È também assim no meu último romance "Cartas Vermelhas". Esse livro baseia-se numa personagem real, Carolina Loff da Fonseca, destacada comunista que se apaixonou por um pide. No livro são misturados factos reais com aspectos ficcionados. Na base deste romance estão dois conflitos,  o arrependimento de Carol por ter deixado a filha na União Soviética e a paixão pelo "inimigo".  Do ponto de vista da estrutura este livro assume a forma de um livro sobre um livro. Carol, depois de um encontro em Berlim  com a filha, 27 anos depois de a ter abandonado, escreve um romance auto-biográfico como uma espécie de redenção e vai comentando-o ao longo da viagem de comboio de regresso a Lisboa. Nesse romance a narradora percorre a sua vida, desde a infância em Cabo Verde, a entrada para o partido comunista em Lisboa no final dos anos vinte, a primeira prisão, o nascimento da filha, a passagem pela União Soviética no tempo das purgas estalinistas, a ida para a Guerra Civil Espanhola,  o regresso a Lisboa, a segunda prisão e a paixão proibida."

Ana Cristina Silva


A minha opinião de As fogueiras da Inquisição e de Cartas Vermelhas.
Cris

1 comentário:

  1. As Fogueiras da Inquisição é um livro que me apaixonou... Cartas Vermelhas será também assim desconfio eu....

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