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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Flashback de Artur Agostinho


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 224
Editor: Ésquilo
ISBN: 9789898092939

Folhei este livro por acaso numa livraria e surpreendi-me com referências a uma prisão portuguesa, Caxias. Despertou a minha curiosidade tanto mais que não sabia quase nada de Artur Agostinho. 

É um livro escrito na primeira pessoa, narrando acontecimentos relativos à sua detenção que durou quatro meses e, simultaneamente, à sua posterior estadia "forçada" no Rio de Janeiro.

A liberdade e a justiça são algo que consideramos inerentes ao ser humano e a falta delas, quando feita injustamente, provoca um martírio que não conseguimos imaginar... Momentos de angústia, de incerteza, de perplexidade, de raiva, de sofrimento, de euforia logos seguidos de desânimo, são estados de alma que este Senhor do espectáculo decidiu partilhar connosco. Em boa hora o fez porque, para muitos portugueses, a sua vida é ainda desconhecida, como desconhecidos foram os motivos concretos que levaram à sua prisão.

Que a justiça erre ainda consigo admitir mas que faz para o remediar? Aqueles tempos, a seguir ao 25 de Abril - acontecimentos de 28 de Setembro de 1974 -  foram muito conturbados e, naturalmente, muitos deram ouvidos a "boatos" e agiram em conformidade com esses rumores. Fizeram-se estragos em vidas inocentes que, só muito a custo, os próprios conseguiram superar. Uma delas foi a de Artur Agostinho.


Um dos aspectos que considero mais fraco nesta leitura, foi a quase ilegibilidade dos recortes de jornais na época, que aparecem de quando em quando. A sua leitura seria reveladora da situação vivida e descrita por este autor, dos comentários que circulavam e do tipo de imprensa da época! Talvez houvesse forma de os aumentar?

Terminado em 9 de Abril de 2011

Estrelas: 3*

Sinopse

37 anos depois.
Um testemunho humano que nos faz pensar.
É a narrativa de uma experiência humana, intensa e rica, muitas vezes com situações tragicómicas, mas que testemunham como afirma o Professor Marcelo Rebelo de Sousa no «Prefácio», o «carácter impoluto» e as «excepcionais qualidades humanas e cívicas de Artur Agostinho». Um testemunho, narrando com total rigor os acontecimentos, para todos conhecerem, ou recordarem, os tempos difíceis da construção da Democracia portuguesa e nos preservarmos da reincidência de situações de loucura social como as que tomaram palco há trinta e sete anos.

4 comentários:

  1. Aninhas, vale pelo testemunho...e não porque seja uma "obra literária".

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  2. Li este livro em Fevereiro e gostei. Fiquei a conhecer um pós 25 de Abril que não conhecia. Outro pormenor engraçado, foi que este livro relembrou-me Coisas de Loucos.

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    Respostas
    1. Já não me lembrava que o tinha lido! Se não fosse o teu comentário aqui... beijinhos

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