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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Por favor não matem a cotovia de Harper Lee


Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 400
Editor: Difel
ISBN: 9789722906838

Depois de vários comentários muito bons nalguns blogues, peguei neste livro para poder confirmar se a sua excelência era, de facto, verdadeira, pelo menos para mim. É sempre com alguma apreensão que pego num livro com muitas "estrelas" porque me sinto quase obrigada a gostar dele... e eu sou um pouco do contra! Mas este livro é, realmente, um doce cheio de inocência e frescura.

Pelos olhos de uma menina vamos desfolhando a sua infância, passada com seu pai, seu irmão e uma empregada negra que a criou depois de sua mãe ter falecido. Infância essa, passada numa pequena cidade dos EUA onde o racismo e o preconceito são uma constante. 

Com a inocência dos seus 8 anos vai descobrindo que as pessoas não são iguais nos seus direitos e que os membros da raça negra não são tratados de igual forma que os da raça branca. O pai, advogado, é uma figura importante no seu crescimento, um homem com um sentido de justiça muito apurado e que faz de tudo para conseguir salvar um homem negro, acusado injustamente. É o despertar por parte de uma criança, o começar a olhar e ver as injustiças que participam algumas pessoas da sua comunidade, pessoas que ela conhece e que vivem perto. Mas é também um olhar de esperança, de luta por parte de gente que acredita da igualdade entre todos os seres humanos.


Comove esta leitura porque a sabemos real em muitos aspectos. Ainda hoje! A cotovia, é-nos explicado a meio do livro, é um pássaro que não deve ser morto porque nos encanta com o seu canto e não faz mal a ninguém, representa a esperança num mundo mais justo e a inocência e frescura das crianças que, como tal, não se deve aniquilar... Um livro de leitura fácil e simples para um tema pesado e actual: o racismo. Gostei muito!


Queria fazer um reparo. O livro que li foi-me emprestado pelas BLX e é de uma edição de Abril de 2004. Encontrei dois erros de tal maneira ?!?!?!? que não posso passar sem os mencionar. Creio que a revisão deveria ser mais cuidada pois não se admite a sua existência. Aqui vão eles:
Pág. 57 - "ouvis-te" em vez de "ouviste"
Pág.180 - "ensinas-te" em vez de "ensinaste"
Que tal conjugarem os verbos? Eu ouvi, tu ouviste... Eu ensinei, tu ensinaste... O "te" só se separa quando se trata de um pronome.


Terminado em 15 de Fevereiro de 2011 

Estrelas: 5*

Sinopse

Durante os anos da Depressão, Atticus Finch, um advogado viúvo de Maycomb, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar curioso e rebelde de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância. Recentemente, alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX.

3 comentários:

  1. Olá Cristina
    fico muito feliz por teres gostado :)
    Adorei esta tua frase: "este livro é, realmente, um doce cheio de inocência e frescura".
    É mesmo isso; é um livro fora de série. Uma obra magnífica, cheia de inocência e frescura.

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  2. Uma das obras que mais me emocionou e nunca esquecerei. Pela temática e a ternura presente no discurso como justamente refere ( um doce cheio de inocência e frescura).Felizmente não fui sujeita a essas barbaridades de conjugação. Sinais dos tempos?

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  3. Também gostei imenso deste livro, pois a inocência que está reflectida na história torna este livro mesmo especial!

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