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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"A Carta" de Sarah Blake


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 352
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724620015

Este livro é tão bonito por dentro como é por fora. Fiquei surpreendida e deliciada com esta leitura.

Num mundo onde as notícias correm muito depressa, às vezes quase mais depressa que o acontecimento em si (!), esquecemo-nos que nem sempre assim foi... Hoje em dia, a carta é um meio pouco usado porque a comunicação entre as partes faz-se lentamente.

Em 1940, era praticamente o único meio de contacto entre pessoas distantes entre si. Por outro lado, a rádio relatava-nos uma parte do terror que se vivia estão. A Alemanha invadia a Europa, bombardeando e destruindo tudo o que estivesse debaixo do céu. Os EUA não tinham conhecimento do massacre que se vivia  naqueles vagões de refugiados por toda a Europa! 

Quando Frankie Bard, repórter americana, viaja pela Europa para "encontrar" algumas histórias dos refugiados dá-se conta do martírio por que estão a passar os judeus, escorraçados e mortos sem qualquer razão... Grava vozes, testemunhos vivos do horror. Ficam-lhe marcados no coração, momentos, separações, mortes, que dificilmente esquece. Torna-se mensageira de notícias, relata-as, sempre que possível no "ar", com emissões radiofónicas. 

Íris, a senhora dos correios, sabe que uma notícia pode ser adiada. Não deve, mas pode. Pela primeira vez, guarda para si uma informação, mantém retida uma carta. 


Emma Fitch, esposa de um médico que parte para Londres para melhor poder ajudar, espera ansiosamente notícias!

Circunstâncias da vida vão unir estas três mulheres. Uma carta. Uma notícia. Uma guerra. A Segunda. Fragmentos de vidas estilhaçadas pela dor e pela morte. Histórias, partes de uma História, que aconteceram em simultâneo em vários países.


Recomendo.

Terminado em 21 de Fevereiro de 2011

Estrelas: 4*

Sinopse

1940. A França rendeu-se. As bombas caem sobre Londres. Roosevelt promete que não vai mandar os americanos lutar em «guerras estrangeiras». Mas a radialista americana Frankie Bard, a primeira mulher a fazer emissões radiofónicas da blitzkrieg em Londres, quer apenas levar a guerra até casa. Enquanto isso, em Franklin, Massachusetts, Iris James ouve as emissões radiofónicas e sabe que é apenas uma questão de tempo até a guerra chegar às margens da sua terra. Responsável pelo correio, Iris acredita que o seu trabalho é entregar e guardar os segredos das pessoas. A ouvir Frankie estão também Will e Emma Fitch, o médico da povoação e a sua mulher, ambos a tentarem escapar a uma infância frágil e a forjar um futuro mais risonho. Quando Will segue o canto da sereia de Frankie até à guerra, os piores receios de Emma tornam-se realidade. Will parte para Londres e as vidas das três mulheres entrelaçam-se. Alternando entre uma América ainda resguardada no casulo da sua incapacidade em compreender o perigo próximo e uma Europa a ser dilacerada pela guerra, A Carta traz-nos duas mulheres que se descobrem incapazes de entregar correspondência, e uma terceira mulher desesperada por uma carta, mas com medo de a receber.

3 comentários:

  1. Este livro parece super interessante. Vou tentar arranjá-lo para ler.

    E a capa, que linda :)

    Beijinhos e boas leituras

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  2. É, Paulinha, surpreendeu-me este livro. Bonito por fora, bonito por dentro!

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  3. Bombaim...um óptimo livro!
    Boas leituras!
    Nucha

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